Quem sou eu

Assú, RN, Brazil
Zé Domingos: Editor-Geral e Fundador desta Revista Imaginativa; Coordenador de Diretorias da Prefeitura Municipal do Assú; Presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, na Jurisdição Territorial da Liga Açuense de Desportos; Vice-Presidente da Agenda 21 Local; Presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável - CMDRS; 1º Secretário (eleito dia 02/02/2007) da Associação Esportiva Escolinha de Futebol Tupã. Presidente do Tribunal de Justiça Desportiva Estudantil dos XXXVII - Jogos Escolares do Rio Grande do Norte - JERN's 2007. Vice-Presidente do Partido Social Cristão - PSC. Membro Efetivo do Comitê Gestor Municipal do Programa Terra Pronta RN 2008.

sábado, janeiro 05, 2008


Muito barulho, audição em perigo
Seg, 10 Dez, 07h10

São Paulo, 10 de Dezembro de 2007 - Menos questionada, mas não menos importante por suas implicações sobre a saúde e o bem-estar, a sonora é hoje a terceira maior poluição no mundo. Nas grandes cidades, os mais diversos ruídos estão incorporados ao dia-a-dia das pessoas, dentro e fora de casa. Como resultado disso, aumentam os casos de comprometimento da audição.

Os ruídos da rua, principalmente os causados pelo trânsito, incomodam muito, mas dentro de casa o problema também existe, onde o som alto, muitas vezes, é prática corriqueira. Segundo a fonoaudióloga Isabela Gomes, do Centro Auditivo Telex, quem só assiste televisão ou ouve rádio em volume alto corre riscos de ter algum grau de surdez. "As lesões podem ocorrer após exposição rápida ou prolongada ao ruído. Isso vai depender da predisposição de cada um, do tipo e intensidade do som. O ideal é procurar se manter afastado das fontes de ruído."

Em certas regiões de cidades grandes, onde o nível máximo permitido é de 55 decibéis durante o dia e de 50 decibéis à noite, medições mostram índices muito acima, chegando aos 90 decibéis, já no limite do conforto (ver tabela ao lado). Nessa intensidade, após quatro horas diárias de exposição, uma pessoa terá sua capacidade auditiva afetada. "Para quem mora em lugares barulhentos, próximos a estações de trem, metrô ou aeroportos, o ideal é usar materiais isolantes como revestimento de paredes e vidros especiais nas janelas. Já para quem trabalha em locais barulhentos, como fábricas, é preciso usar equipamento de proteção", orienta a fonoaudióloga.

Sintomas

A percepção de que algo vai mal com a audição, normalmente, só acontece quando a lesão auditiva já é grave, diz o otorrinolaringologista do Hospital Sírio-Libanês, Ricardo Cesar Abissamra. "A perda da audição costuma ser gradativa, dependendo do tempo da exposição e da intensidade do ruído."

De maneira geral, de acordo com o médico, os sons são classificados como agradáveis e os ruídos como incomodativos. Estes últimos são divididos em: ruídos contínuos; ruídos intermitentes - variáveis; e ruídos de impacto, como explosões, show de uma banda de rock, tiro de revólver. "No caso de ruído de impacto, a pessoa pode perder a audição de uma só vez", diz Abissamra.

Quando a questão é ouvir música em volume altíssimo, muitos pais ficam de cabelo em pé. "Tudo depende do tempo de exposição. Ouvir MP3 em volume alto, que até quem está ao lado ouve, durante muitas horas por dia, com certeza vai afetar a audição desse jovem", alerta o especialista. Segundo ele, até 85 decibéis é permitida uma exposição de 8 horas diárias, sem prejuízo. Com o ruído atingindo 90 decibéis, o tempo de exposição cai pela metade, 4 horas. Com 95 decibéis, esse tempo diminui para 2 horas e acima de 110 decibéis, apenas 15 minutos. A partir de 130 decibéis, a pessoa exposta já sente dor.

Abissamra destaca que há uma outra variável a ser considerada na perda de audição: a distância da fonte do ruído. "No caso do MP3, o fone está dentro da orelha, não há nenhuma dispersão do som."

A fonoaudióloga Isabela Gomes lembra que, além da exposição contínua ao ruído, outros fatores levam à perda auditiva: doenças congênitas ou adquiridas, traumas, uso de medicamentos ototóxicos e idade avançada.

Os especialistas concordam que a descoberta precoce da perda de audição é o ideal, mas só é possível a partir de exames como a audiometria, que podem ser feitos anualmente. Já para quem trabalha em locais barulhentos, a periodicidade do exame pode ser menor, de seis em seis meses. Existem tratamentos medicamentosos e até mesmo cirúrgicos que podem amenizar o problema.

Gazeta Mercantil)(Lourdes Rodrigues)

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